quinta-feira, 28 de junho de 2012

EM MEIO AS NUVENS


Após a longa e emocionada despedida dos pais, parentes e amigos, Cláudia administrava sua ansiedade lendo revistas na sala de espera, enquanto aguardava pela hora do embarque. Finalmente após meses de planejamento e economia, a menina realizaria um de seus maiores sonhos: ir à França, estudar em uma das mais importantes e respeitadas escolas de gastronomia do mundo.

No sistema de som uma voz feminina em tom suave e elegante anunciou:

- Atenção passageiros do vôo JJ 8096, que parte as 20h com destino a Paris: por favor dirijam-se ao portão 14 para o embarque.

Cláudia se levantou - e tomando cuidado para que a alça não lhe repuxasse os cabelos longos -, jogou sobre o ombro a bolsa grande de couro macio, que seguiria com ela como bagagem de mão. Depois, seguiu ao local indicado onde as funcionárias da companhia aérea, após uma breve checagem de seus documentos, lhe deram acesso ao interior da nave.

Dentro do avião, o uniforme azul, a atenção e autoridade dos tripulantes encarregados de recepcioná-la, o aroma de limpeza, tudo concorria para deixa-la ainda mais eufórica. Sentiu-se bem e recompensada por toda a burocracia vivida em agências, filas e guichês.

Levando-a à primeira classe, a comissária indicou-lhe seu assento: o mais próximo a janela na última série de assentos. Achou bom o lugar. A localização próxima a divisória acústica e a ampla distância entre fileiras, garantiriam seu conforto e privacidade durante a viagem. A funcionária então recolheu e acondicionou sua bolsa no compartimento de bagagens situado logo acima, e depois, de forma metódica, explicou-lhe a localização e função dos controles de inclinação do encosto e pés da poltrona (que totalmente abertos tornavam-se um leito bastante confortável), do sinalizador (caso desejasse solicitar alguma coisa à tripulação), e da luz de leitura (que acionada, projetou uma pequena elipse amarela sobre sua coxa).

- Gostaria de algo para ler? - perguntou-lhe a aeromoça.
- Não, obrigada! Eu comprei essas agorinha mesmo.
- Muito bem. Se precisar de algo, basta chamar. - e despedindo-se com um sorriso, deixou a menina entregue a seus pensamentos.

Cláudia esticou o pescoço e fez um rápido reconhecimento no ambiente. Constatou que estava quase deserto: duas crianças acompanhadas da mãe; um casal com ares de lua de mel; mais uma meia dúzia de pessoas e só. No assento ao lado, nenhum sinal. Fechou os olhos, e torceu para que se viesse a ser ocupado, ao menos fosse por alguém agradável. De qualquer não iria preocupar-se com isso, desejava apenas se entregar aos braços lanosos daquela poltrona macia, e nada mais.

- Com licença. São suas? 

Cláudia abriu os olhos e viu o homem, que sorria ao seu lado. Sem entender porque, sentiu-se presa ao desalinho daquele sorriso e emudeceu.

Ele insistiu:

- São suas? - disse apontando para as revistas sobre a poltrona.
- Ai, desculpe! É que como não tinha ninguém eu... - disse ela, recolhendo as revistas - Ai meus Deus, que vergonha. Me perdoe!
- Que é isso! Não tem problema. Não foi nada... - respondeu com um sorriso ainda mais aberto.

Enquanto o homem ajeitava sua bagagem no compartimento, Cláudia aproveitou para discretamente avaliá-lo melhor. Não que fosse particularmente bonito (não era): não era alto, estava visivelmente acima do peso, usava óculos (embora a leveza da armação quase não interferisse em seus traços). Mas ainda assim, e apesar de tudo, havia algo incerto que tornava-o bastante atraente. Tentou adivinhar-lhe a idade: trinta e oito, quarenta anos? Não deveria ter muito mais do que isso. No rosto oval e suave, a única denúncia ficava por conta de uma mecha bem acima dos olhos, onde os cabelos negros começavam a pratear. Reparou nas sobrancelhas grossas e unidas, que conferiam força e expressão ao escuro profundo de seus olhos, na boca pequena de lábios grossos e vermelhos, e no tom azulado da pele, na parte inferior do rosto, prova de uma barba cerrada.

Involuntariamente, os lábios carnudos da menina elevaram-se, desenhando um sorriso de aprovação em seu rosto. Neste exato momento, o homem ainda de pé, cruzou seu olhar com o dela e sorriu. Mas desta vez, não foi um sorriso inocente como o primeiro. No brilho intenso dos castanhos, havia agora um que de malícia. Era como se soubesse no que ela pensava. Sentindo-se desnuda, Cláudia ruborizou e desviou seu olhar.

Foi a voz do comandante, em tom grave e pausado, saudando os passageiros, que amenizou o constrangimento da menina. Em português e inglês, seguiram-se informações como horário, listagem dos tripulantes, condições de vôo, além da instrução de que com a proximidade da decolagem, os cintos deveriam ser imediatamente afivelados, e que nenhum passageiro deveria fumar ou deixar seu lugar, enquanto a luz vermelha mantivesse-se acessa. Momentos depois, um zumbido grave até então inaudível (graças ao isolamento acústico da aeronave), começou a ganhar intensidade, indicando o despertar das turbinas.

A princípio a mulher não sentiu mais do que um leve solavanco quando o avião começou a rodar ao longo da pista. Mas quando ao fim da corrida, o nariz da nave empinou e a potência das turbinas libertou-os do chão, Cláudia sentiu-se colada ao encosto.

Corrigindo o curso, o avião inclinou fazendo a lua girar ao seu redor. Olhando pela janela as luzes da cidade abaixo, Cláudia sorriu e começou a cantarolar baixinho, a mesma canção que a mãe, apaixonada pela cidade, cantava-lhe sempre que vinha com ela ao Rio:

- Minha alma canta/ Vejo o Rio de Janeiro/ Estou morrendo de saudades/ Rio seu mar, praias sem fim/ Rio você foi feito pra mim...

- Cristo Redentor/ Braços abertos sobre a Guanabara/ Este samba é só porque/ Rio, eu gosto de você/ A morena vai sambar/ Seu corpo todo balançar - completou o homem.

Cláudia assustou-se. A emoção da partida, a visão da cidade e a imagem da mãe, haviam feito-a esquecer de sua presença.

- É uma música linda, para uma cidade linda. - disse ele, iniciando a conversa
- É sim. Minha mãe canta sempre que vem ao Rio.
- Vocês não moram no Rio, então?
- Não. E você, é daqui?
- Eu nasci aqui, mas moro em Paris já há alguns anos. Estava de férias, mas infelizmente acabaram. Esta viajando a passeio?
- Não. Vou estudar!
- Ah, Que bom! E vai estudar o que?
- Especialização em gastronomia.
- Mesmo? Nossa, que coisa chique, hein? - disse provocando o riso da menina - Meu nome é Henrique, e o seu, como é?
- Cláudia.

Entretidos um com o outro, só perceberam a presença da comissária, quando ela pedindo desculpas por interromper a conversa, informou as opções do jantar que seria servido a seguir: Rosbife ao vinho e tamarindo, Salada de lichias e nozes pecã, ou Raviole ao molho de champignons.

- E então Cláudia, o que recomenda? - diz ele.
- Bom... eu particularmente adoro massa.
- Decidido então! Raviole.
- E para beber? - Perguntou a funcionária, cuja loirice tornavam ainda mais noturnos, os cabelos anelados da jovem gastrônoma.
- Posso? - perguntou o homem a jovem.
- Por favor...
- Gosta de vinho?
- Gosto sim, embora tenha de confessar que sou mesmo é fã de uma boa caipirinha. - fazendo-o rir novamente
- Tinto seco então, pode ser? - pergunta Henrique a tripulante.

A comissária sorriu concordante, e saiu, deixando-os a vontade para prosseguir com a conversa. Retornou um pouco mais tarde, e instalou diante deles duas pequenas mesas onde acomodou os recipientes de formas insólitas com os pratos escolhidos. Fixa em cada bandeja, uma pequena garrafa de 185ml de vinho. O ótimo paladar da pasta, o vinho jovem e ligeiro - que corretamente servido, estava com sua vinosidade ainda mais acentuada -; tudo mais que perfeito. Houve ainda diversas sobremesas, entre as quais uma em particular, encantou a menina: um Sorbet de abacaxi com hortelã, servido em uma taça que de tão pequena parecia ser de brinquedo.

Quando mas tarde recolheram as mesas, Cláudia não só havia confirmado sua primeira impressão sobre Henrique, como também descobrira encantada, que além de atraente, ele era um homem extremamente sedutor. E assim, entre sorrisos e olhares, cada vez mais cúmplices e permissivos, conversaram por um bom tempo.

Foi pelo silêncio do ambiente, que notaram que os outros poucos passageiros já dormiam. De modo discreto, chamaram a aeromoça e perguntaram-lhe as horas. Espantaram-se ao saber que já passava e muito das 2h da manhã. Resolveram descansar também.

A funcionária tirou com cuidado cobertas e travesseiros do compartimento superior e entregou-os ao casal. Em seguida, apagou as luzes, serrou as cortinas - isolando-os da fileira de poltronas a frente -, e saiu. Agora, apenas a luz tênue e amarelada do corredor central da nave, impedia que objetos e pessoas perdessem suas formas.

Cláudia, num quase murmúrio, desejou boa noite a Henrique. Depois oscilou o encosto - transformando a poltrona em leito -, e num giro rápido deitou, pondo-se de costas para ele. Com o movimento, o vestido correu-lhe no corpo, tornando mais visíveis a forma das coxas grossas. Henrique encantou-se com as ancas largas, e com a cintura bem marcada. Seu prazer porém foi breve. Com frio, Cláudia lançou sobre si a coberta de caxemira azul, que fora-lhe entregue momentos antes pela comissária. Henrique fez o mesmo com sua poltrona e deitando-se sobre o lado esquerdo do corpo, desejou a jovem um bom descanso.

Apesar do cansaço e do adiantado da hora Cláudia não conseguiu dormir. Mesmo assim como estava, de olhos fechados e de costas para ele, tinha plena convicção de que o olhar do homem não afastava-se dela. Essa consciência curiosamente traduziu-se numa incomum sensação de prazer, como se estivesse estirada sob o sol numa praia de areia quente. Na verdade, sentiu-se lisonjeada com o fato de um homem assim ter se interessado por ela. Queria ter certeza, mas tinha medo de olhar e cair no ridículo, descobrindo que tudo não passava de uma fantasia sua. Suas dúvidas não duraram muito.... a mão do homem tocando-lhe o corpo, provou que o que intuia era bem real.

Ficou surpresa consigo mesma ao perceber que não estava com medo, nem chocada. Ao contrário. Cada toque contribuía apenas para tornar seu corpo mais receptivo. Mas quando a mão vagarosa, enfiou-se por baixo da caxemira e pela primeira vez tocou-lhe a pele nua das pernas, tentou escapar do encantamento. Quis racionalizar, ficar indignada, mas não conseguiu. Traída pelo próprio desejo, resistiu apenas o suficiente para fruir melhor do prazer do abandono, que anunciou-se com uma consciência morna que tomou-lhe por completo.

Sob a proteção da luz difusa e das cobertas, a mão direita de Henrique rastejou sinuosa subindo pela perna bem torneada da jovem. Com a ponta dos dedos explorava a seda macia de sua carne, que arrepiava-se com sua passagem. Quando a mão saliente, ultrapassou o limite de vestido e precipitou-se para dentro, Cláudia sentiu-se umedecer e seu cérebro dominado por imagens de fogo e luxúria, perdeu qualquer sombra de racionalidade. A partir daquele momento, eram apenas ela e o homem. Nada mais importava, nada mais existia.

Colando-se mais a ela, Henrique fez sua mão prosseguir a jornada, deixando os dedos largos seguirem insolentes, ao encontro do vale formado pela união das pernas sobrepostas. No caminho, as unhas bem cortadas arranhavam-lhe a pele alva, criando trilhas de tons sangüíneos, a medida em que avançavam.

Quando os dedos forçaram passagem, enfiando-se por entre a maciez de suas coxas, fechou seus dedos sobre a carne tenra, e puxando-a sobre si, deixou o braço esquerdo ficar sob seu corpo, para que com a palma da mão pudesse tocar-lhe forte e suavemente o pescoço, assim como se agrada à um puro-sangue.

Cláudia suspirou profundamente, quando a mão direita do homem empurrando para cima a barra do vestido, forçou-lhe a abertura das coxas e tornou a subir num movimento lento em busca de novos territórios. E quando a mão dele em concha, alcançou-lhe o cós da calcinha de algodão, ela gemeu com os lábios entreabertos, sentindo os dedos dele correrem pelas dobras da virilha, traçando os lados de seu triângulo.

Forçando o rosto dela de encontro ao seu, o homem beijou-a. Um beijo longo, molhado. Por vezes sem fim, sua língua percorreu a dela, circundando, chupando, mordendo, enquanto o peso da mão direita -pousada sobre o volume quente do púbis -, exercia uma pressão suave sobre o sexo febril.

Dizendo-lhe bobagens molhadas ao ouvido, Henrique tomou-lhe o interior da peça mais íntima, maravilhando-se com a forma como o tosão negro se dobrava cedendo espaço à sua passagem.

Esquadrinhando seus mistérios e tocando-lhe pela primeira vez sem obstáculos, acariciou as pétalas inchadas de desejo, e forçando a separação de suas metades, expôs o interior da vulva rósea, cheia e molhada. Numa carícia mais vigorosa, agarrou-lhe o sexo e os pelos que o cercavam como se quisesse arrancá-los do corpo de Cláudia.

A mulher gemeu, reconhecendo no homem, a qualidade de saber alternar ternura e suavidade, com ferocidade e paixão.

Depois, com a ponta dos dedos sentiu a sinuosidade da carne debruada, e se demorou para brincar com o pequeno botão ereto e pulsante. A princípio sem tocá-lo diretamente, limitou-se a circundá-lo. Depois, pousando o dedo médio sobre ele, como um artista que conhece muito bem o seu instrumento, o fez vibrar.

Entregue, Cláudia sentia-se desfazer nos dedos do homem, que sem pressa, acompanhava o sulco dos lábios, mergulhando entre eles, passando pelo grelo duro, para repousar entre os caracóis dos pelos sedosos. O ventre da mulher subia frenético, indicando o fogo que lhe ardia as entranhas. A cada novo gesto, a cada nova passagem, seus movimentos tornavam-se mais íntimos e intensos, e ele mergulhava mais profundamente no interior da boceta molhada.

De tempos em tempos, a cada vez que Henrique sentia o prazer da menina se aproximar, ele por puro capricho ou calculismo, diminuía o ritmo.

Mordendo os próprios lábios para represar o grito que lhe subia pela garganta, a mulher arqueava o tronco, aproximando-se cada vez mais do espasmo para o qual o homem parecia querer conduzi-la, mas que ao mesmo tempo, não permitia que atingisse.

Cláudia queria, precisava gozar.

- Me deixa gozar... me faz gozar! - implorou

Abraçando-a e inclinando-se mais ainda sobre ela, Henrique intensificou seus movimentos. Cláudia estava perto, muito perto. Os dedos grossos corriam dentro dela, agitando-se como nadadores dentro de um oceano de mel. A mulher começou a agitar a cabeça à direita e à esquerda, emitindo uma série de gemidos abafados, abriu os olhos em busca dos do homem, e gozou intensamente perfumando-lhe com o seu prazer.

Ele queria mais. Mais do que poderia ali, na presença de todos.

- Vá ao banheiro, tire a roupa e espere. Vou em seguida. - disse ele

Com os olhos amendoados, carregados de desejo, a mulher não teve dúvidas em obedecer. Assim, colocando a poltrona na posição original, a mulher ajeitou a lingerie e o vestido, beijou-o, e contornando o homem (não faltava espaço para isso), saiu.

No caminho cruzou com a comissária.

- Sem sono? - perguntou a aeromoça

Sem parar, a mulher sorriu (um sorriso amarelo), fazendo que sim.

Ao entrar, Cláudia admirou-se com o requinte do toalete, cheia de espelhos, e acessórios, cristais e loções. Não quis perder tempo, sabia que o homem logo estaria ali. Abaixou o zíper, fazendo cair o vestido de chamois. Não usava sutiã. Sobre seu corpo de menina mulher, havia agora apenas a delicada calcinha branca de algodão (pintada por minúsculos corações vermelhos) já completamente encharcada por seu prazer. Enfiando os dedos por dentro das finais laterais, tirou-a também.

Enquanto esperava por Henrique, observou seu corpo através dos espelhos. Viu os seios fartos, de aréolas largas e muito rosadas, encimadas por dois pequenos botões tenros, que rijos, tinham a espessura da ponta de seu dedo mínimo. Gostava particularmente, da pequena pinta preta que adornava-lhe o seio esquerdo, e que só era visível nos decotes mais ousados, ou como agora, quando estava nua.

Deslizou a mão pelo centro do corpo, pela cintura fina que ressalta ainda mais as linhas generosas do quadril. Seguiu pelo ventre macio, que a emoção tornava ainda mais morno do que o normal. Brincou, prendendo entre os dedos, a pequena jóia de prata - em forma de borboleta -, que lhe enfeitava o umbigo. Depois, seguindo as trilhas do corpo, alcançou o volume dos pelos cuidadosamente aparados. Afastando ligeiramente as pernas, abriu com dois dedos os lábios vermelhos e inchados. Viu-se brilhosa por dentro. Como se guardasse em si, milhões de pequenas estrelas.

Um solavanco na porta, marcou a chegada do homem. Vendo-a assim, Henrique sorriu feliz.

Girando os braços, o homem livrou-se da pesada jaqueta negra acamurçada e da camisa social, cujos botões insistiam em não colaborar. Febril, a mulher, não ficou impassível. Abaixando-se a sua frente, desafivelou o cinto, abriu o botão que moldava a cintura, desceu o zíper e enfiando os dedos de ambas as mãos por dentro da roupa, puxou para baixo com um único movimento: a calça e a cueca branca de algodão. Com uma satisfação quase física, Cláudia viu saltar - bem ao alcance de sua boca -, o membro teso de Henrique.

- Que pau delicioso! - disse ela
- Como sabe, se ainda não provou? - respondeu ele, quase como uma instrução.

A menina sorriu, pousou com delicadeza as mãos nas laterais do tronco do homem e aproximando-se mais, entreabriu os lábios e tocou delicadamente sua língua na ponta do pênis ereto. Ele como voyeur, observava o modo como Cláudia projetava a língua para carinhosamente tocar a extremidade de seu sexo vermelho. Henrique apreciou particularmente modo como a boca de macia, ao moldar-se perfeita ao redor de sua glande, criava pequenas depressões nas laterais da face da menina.

Ela lambeu-o devagar, com a delicadeza de uma gata, e depois apertando firme seus lábios à volta do pau, forçou para baixo a pele do prepúcio, descobrindo-lhe a glande por completo. Em razão disso, Henrique suspirou e ficou ainda mais excitado. Cláudia prosseguiu lambendo a haste dura em toda a sua extensão, inclinando a cabeça, apertando o vaso azulado que lhe corria à flor da pele, sentindo dentro dela a rugosidade de suas formas e a rigidez dos feixes que o mantinham ereto. Após mordiscar o membro, com os dentes muito brancos, a menina levantou o saco teso com a mão e massageando os testículos, colocou-os dentro da boca para sugar de forma alternada, hora um depois o outro.

A medida que sugava com mais intensidade o pau de Henrique, Cláudia percebeu que a excitação de seus lábios e de sua língua comunicava-se ao prazer de seus seios e boceta. Agachada, sentia o mel pingar de dentro dela, escorrendo da xana em direção as coxas com tanta abundância, quanto a saliva com a qual molhava nesse momento em sua boca, o pau quente do amante.

Com os dedos, Henrique afastou os cabelos longos, que encobriam o rosto da menina, e apoiando suas mãos nas têmporas da jovem, impediu novos movimentos. Henrique, queria agora uma satisfação mais plena.

Sentando-se sobre o vaso, o órgão elevou-se entre suas pernas como um obelisco de carne. De frente para ele, a mulher aproximou-se, abriu as pernas e montou, fazendo dele sua sela. Descendo suave e fazendo com que o pau desaparecesse lentamente dentro da gruta faminta, gemeram os dois.

Com as mãos pousadas sobre os ombros dele, Cláudia começou a rebolar o quadril, projetando-se para frente e para trás. Henrique deliciava-se com a visão dos seios que como pêndulos balançavam ao ritmo da cavalgada. Não resistindo, segurou-os por baixo, pelas bases mais redondas, e deixando-os ainda mais volumosos e empinados, trouxe-os ao alcance das carícias de sua boca. Enquanto a mulher amazona, galopava seu membro em completo abandono, ele lambia e mordia-lhe a carne tenra dos seios, brincando com os mamilos, que moleques, tentavam devolver a pressão exercida, empurrando de volta a ponta áspera da língua de sua língua.

Como um bebê faminto, Henrique sugava-lhe os seios, tentando em vão puxá-los inteiros para dentro da boca. Uma onda de calor a devorava por dentro enquanto sentia sua boceta mastigar o membro rijo. A respiração forte da mulher, denunciava a proximidade de um novo orgasmo.

- Você quer gozar? Quer ? - perguntou ele, certo da resposta
- Quero... quero... você... Vo..cê, vai g..ozar comigo?
- Não, ainda não.. mas você pode gozar. - determinou ele

A mulher acelerou os movimentos até torná-los quase insanos, depois, enterrando os dentes no ombro do homem para não gritar, gozou abundantemente em ondas sucessivas. Completamente imóveis, sentiam ambos, os reflexos prolongados do orgasmo da mulher.

- Levanta. - disse ele, momentos depois

A mulher obedeceu.

Deixando-a de costas, reclinou o corpo da mulher, apoiando seus braços sobre a superfície da bancada da pia e colocando seu joelho por entre as as pernas da menina, afastou-lhe as coxas. Depois, com a mão esquerda, enrolou os longos cabelos até torná-los uma trança única, e girando-a em torno da mão, fez dela uma rédea.

A mão direita correu firme, com os dedos abertos como patas pelas nádegas e costas suadas da mulher. Henrique, deliciou-se com o vale formado pelo corte serpenteado da espinha da mulher. No longo caminho entre a bunda e a nuca, parou diversas vezes, para lhe amassar e acariciar a carne. Tocou-lhe o pescoço, onde o sangue pulsava frenético, subiu pelo rosto, e deixou os dedos brincarem com os lábios e com a língua da mulher.

Curvou-se sobre ela, deixando-a sentir sobre si, o peso de seu corpo e a textura dos pelos fartos de seu peito. Lambeu-lhe o lóbulo da língua, molhando as cartilagens e brincando com a jóia em forma de pingente. Depois, aproximando ainda mais sua boca do ouvido da mulher, disse em tom quente e obsceno:

- Está pronta? 
- Para o que.. o que você quer?
- Está pronta? - insistiu ele
- Estou... 

O homem pincelou a glande na entrada molhada da gruta da mulher. Como o mel fluía dela! A cada contato, a cada nova passagem ela tornava-se mais úmida, até que em um determinado momento, não sentiu mais contato algum. Quis virar e descobrir porque ele a tinha privado do contato de seu pau, mas ele não permitiu. Porém, não demorou muito para saber o porque.

Henrique segurou-lhe as nádegas e fazendo delas um fruto, inclinou-se e deu um longo beijo no lugar onde convergiam ao botão mais fechado do vale. Depois, mantendo-a curvada, e com as pernas bem afastadas, colocou a glande de encontro ao ânus da mulher. O coração de Cláudia disparou, e ela sentiu o sangue fluir tão rápido, que julgou que qualquer um a bordo seria capaz de ouvi-lo correndo em suas veias.

Henrique, percebendo a tensão da menina, deixou a mão direita escorregar por entre suas coxas para iniciar uma série de novas carícias, enquanto mordia-lhe levemente as costas. Depois, beijou e lambeu languidamente a nuca da jovem, no exato ponto onde as penugens começavam a alongar para transformar-se em fios de cabelo.

Cláudia abriu olhos e boca no exato momento que o homem iniciou o mergulho, mas a medida que a glande vencia suas resistências, a mulher relaxava e cerrava forte as pálpebras. Quando a glande entrou por completo, o homem cessou seus movimentos para que ela se acostumasse. Depois, notando que a mulher já o tinha absorvido, afundava-se ainda mais. Vez ou outra, quando a febre o queimava mais intensamente, deixava sua mão direita abandonar o sexo da mulher, para chicotear-lhe levemente a bunda branca e redonda.

Quando o pau finalmente acomodou-se todo dentro dela, Cláudia percebeu feliz que o incômodo e desconforto inicial, havia cedido seu lugar ao prazer. E assim, sentindo o homem colado a ela, e os pelos roçando-lhe a pele macia, incentivou-o a movimentar-se dizendo que gozaria novamente: desta vez, com ele.

Henrique começou então a projetar-se, mexendo convulsivamente, empinando-a pela rédea dos cabelos, e arrancando-lhe pequenos gritos abafados, ao estalar a mão aberta sobre a pele das nádegas já avermelhadas. E assim, nesse frenesi, ele largou-se sobre ela e gozou forte como um animal, enchendo-a com os jatos grossos de porra quente e perfumada.

Sentindo-se inundar, Cláudia em êxtase gozou mais uma vez.

Relaxados, vestiram-se e discretamente voltaram às suas posições. No caminho, a comissária lançou-lhes de soslaio, um olhar cúmplice, fazendo-os rir como se fossem crianças pegas pela mãe, comendo doces antes do jantar.

Sentaram-se e pela janela, viram que o sol já despontava. Em poucas horas estariam em Paris. Com um olhar meigo, mas ainda pleno de fogo, Henrique perguntou a mulher.

- Amanhã, janta comigo?
- Claro. 
- E depois de amanhã?
- Também..
- E depois? 
- Também... - respondeu rindo.

E assim, em meio as nuvens, abraçaram-se e dormiram.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

ESTRELAS

Desde criança, Cristina era apaixonada por animais, e por gatos em particular. Com o passar dos anos, essa paixão tornou-se profissão, e Cristina virou Doutora Cristina, veterinária.

Ao contrário da maioria das pessoas, para ela a casa era uma extensão de seu trabalho. E embora isso lhe desse enorme prazer, e sua mãe, irmã e sobrinhas, nunca terem manifestado qualquer descontentamento com isso, Cristina sentia o desejo de morar só. Ou pelo menos até onde se pode considerar morar só, quando se tem a companhia de seis gatas e dois cães.

Decisão tomada, comprou o terreno que havia em frente a casa da mãe, contratou uma empreiteira e começou a construção.

Cristina costumava conversar quase todos os dias com Roberto, o responsável pela obra. Apesar de competente, Beto, como era conhecido, era um homem rude e não fazia a menor questão de ocultar seu desejo por ela.

Cristina não podia deixar de notar aquele homem. O tom firme, quase arrogante, o olhar direto e faminto, tudo isso mexia com ela. Gostava de sentir-se dominada, mas não queria se envolver agora. Principalmente com alguém que trabalhava para ela, e assim mantinha-se distante apesar da insistência do homem.

Meses depois, durante uma madrugada de calor completamente atípico àquela época do ano, Cristina acordou. Vendo na mesinha a seu lado, o relógio indicar que ainda tinha três horas inteiras para descansar, fechou os olhos e forçou-se a dormir novamente. Virou para um lado, depois para o outro e tentou puxar o sono de todos os modos que sabia, até finalmente admitir para si mesma que não iria conseguir. Levantou-se, tomando cuidado para não acordar a irmã que dormia na cama ao lado, jogou um roupão sobre a camiseta e calcinha que usava e deixou o quarto. A gata negra que dormia à seus pés, e que tinha acordado também, seguiu-a no silêncio típico dos felinos.

Desceram o corredor, passando pelo quarto da mãe e pelo das gêmeas, e foram à cozinha, onde Cristina abriu a geladeira e pegando uma garrafa de leite, serviu um pouco para a gata e um pouco para ela própria.

Durante algum tempo apenas ficou assim; em pé, recostada na bancada metálica com a perna direita dobrada e o pé apoiado sobre a porta de madeira envernizada do armário de panelas, bebendo do copo que segurava com as duas mãos. Depois, sem entender bem o porque e como se fosse isso a coisa mais natural do mundo, colocou o copo sujo de leite sobre o inox da pia, abriu a porta dos fundos da cozinha e saiu.

A gata negra, lambeu o leite dos bigodes e seguiu a mulher novamente.

Deram a volta na casa, e atravessando juntas a rua, seguiram em direção a nova moradia em construção.

Entraram na obra e ziguezagueando por tijolos e sacos de cimento, subiram ao segundo piso. Ali, sobre a laje do futuro quarto ainda sem teto, Cristina sentou e olhou para as estrelas, encantada com a idéia de que teria finalmente um espaço só seu.

Foi o chiado de alerta da gata, que a puxou de volta a realidade.

– Beto! Você me assustou...
– Não foi a intenção. - disse o homem vindo em sua direção
– Que está fazendo aqui? - disse ela
– Checando algumas coisas, nada demais. Mas e você? Que está fazendo?! Não sabe que é perigoso uma moça sair sozinha, assim tão tarde?
– Mas não estou sozinha. – disse apontando para a gata negra a seu lado.
– Humm, sei! E você que essa amostra grátis é capaz de impedir alguma coisa - disse com desdém.
– Ah não fala assim, a minha ga..

Ela parou quando o homem a segurou com força pelo braço e disse:

– Não deveria sair assim. – e a beijou.

De olhos abertos, ela tentou em vão impedir aquela língua atrevida.

– Você ficou louco, me larga.. senão eu .. – disse a mulher, sem conseguir esconder sua excitação.
– Você o que? Grita.. grita.. vai, pode gritar... - Desafiou com os olhos de um castanho profundo, fixos nos dela
– Eu grito.. grito sim.. eu ... – seguiu dizendo em tom cada vez mais baixo.
– Quieta! Já esperei demais por isso. – disse ele, empurrando-a contra a parede.

Deixando-a completamente nua em meio as paredes descarnadas, pegou alguns pedaços de corda espalhados pelo chão e imobilizou a mulher, que assim com pernas e braços estirados, ganhou a forma de estrela e ficou totalmente indefesa e exposta à seus desejos.

Com a gata negra como testemunha, Cristina sentiu-se amolecer. Apesar de assustada, a idéia do por vir, despertou-lhe um tesão incontrolável.

Roberto começou a passar as mãos por seu corpo como se ela fosse um objeto. Passou as mãos por sua bunda, apertando e arreganhando sua carne. E Cristina sentindo-se perder no toque bruto daqueles dedos calejados, gemeu e tentou se debater.

Ele limitou-se a sorrir e puxando a ponta das cordas, ergueu-a ainda mais. Depois, fechando as mãos poderosas sobre os seios delicados, apertou-os com força e começou a mordiscar-lhe os mamilos.

Sem interromper as carícias desceu pelo corpo da mulher em direção a entrada da boceta para conferir se estava lubrificada. A ponta dos dedos abriram-lhe as metades, e o mel brotou tão farto de dentro dela que gotejou e produziu uma pequena lagoa no concreto logo abaixo.

Cristina sentia suas pernas tremerem. Queria desesperadamente fugir.. não isso era mentira... não fugiria nem mesmo se pudesse... queria ser penetrada.. queria urgentemente ser penetrada.

Olhou para baixo, viu o volume que pulsava entre as pernas de Roberto, e sentiu a boca ficar tão molhada, quanto sua boceta.

– Esta gostando? – perguntou ele
– Sim...
– Mas é uma puta mesmo...
– Sou.. sou .. sou tua puta.. eu quero tanto..
– E o que você quer? Diz ...
– Você... – implorou a mulher
– Assim... é assim que uma puta pede?
– Na.. não - respondeu ardendo
– Então peça.. mas peça direito
– Me come ... me fode vai... come tua puta..
– Melhor.. bem melhor...

Roberto tirou a roupa devagar, deixando-a lamber-lhe com os olhos. Quando por fim a calça desceu, o pau saltou duro, vermelho e inchado na direção da mulher. Então, lentamente, aproximou-se de Cristina e apontou o cabeça na entrada da fenda pulsante.

– É isso que quer?
– É... é isso.. vai porra.. enfia! Enfia essa pica em mim... enfia! – bradou a mulher.

Roberto entrou de uma só vez e ela gritou, sentindo-se rasgar.

Cristina simplesmente enlouqueceu com aquele membro que lhe penetrava a carne. O prazer que ardia dentro dela, vinha em ondas escorrendo pelas pernas como uma torrente de lava incandescente, enquanto cada terminação nervosa de seu corpo era açoitada por descargas elétricas crescentes, que lhe arrepiavam os pelos e lhe turvavam a mente.

A cada invasão, Cristina gemia. E a cada gemido, Roberto metia com mais e mais força, enquanto lhe batia na bunda, que apertava as carnes macias com mãos de tenaz, e a chamava de puta e cadela.

Não demorou muito para, aos berros e sentindo-se consumir, Cristina anunciar que gozava.

No mesmo instante, Roberto tirou o pênis de dentro da boceta da mulher e explodiu, cobrindo-lhe a barriga com fartos jatos de porra quente.

Com o coração ainda cavalgando forte dentro do peito, Cristina olhou para o céu repleto de estrelas, para seu ventre coberto de gozo, e sorriu. Sorriu como a muito tempo não sorria.

Roberto aproximou-se e começou a desamarrá-la, primeiro as pernas, depois os braços. Jogou-lhe as poucas roupas que usava quando chegou e com ela ainda nua a suja, beijou-a na boca. Um beijo ardente e lascivo.

– Agora vai pra casa. A partir de hoje você é minha puta, entendeu?
– Sim... entendi...

O sol já nascia quando Cristina voltou para casa.

Entrou no quarto com cuidado, tirou o roupão, e deitou-se assim com estava, com a calcinha e a camiseta manchadas e impregnadas pelo cheiro dele. A gata negra aninhou-se aos pés da cama e Cristina sem a menor culpa, ou arrependimento, fechou os olhos e sonhou com o momento em que estaria com Roberto mais uma vez.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

SOUL

Quando fechar os olhos e sentir uma presença... sou eu
Quando a brisa te tocar e arrepiar tua pele... sou eu
Quando dedos correrem etéreos por você...sou eu
Quando o sangue aquecer e tua respiração acelerar... sou eu
Quando vier a febre e se sentir molhar... sou eu
Quando tentar em vão saciar a fome... sou eu

Sou o animal que habita as florestas de tua fantasia
Sou aquele que se esconde nas sombras de teu pensamento
Sou teu desejo mais primitivo e ancestral

Sou o animal que te protege
Sou o animal que te abate
Sou o animal que te devora

Sou teu prazer sem culpa
Sou teu sorriso mais puro
Sou tua lágrima mais sentida

Sou tua prisão e teu grito de liberdade

Sou puro instinto
Sou puro desejo

Soul



terça-feira, 19 de junho de 2012

EDUARDO E MÔNICA



De pontos opostos do salão, vieram – copos à mão –, parar lado a lado, defronte a tela principal da exposição. Em silêncio, o rapaz olhou discretamente para a moça, de corpo mignon e formas generosas. O cabelo ondulado, descia-lhe até os ombros, ressaltando ainda mais o brilho dos olhos amendoados. Resolveu quebrar o gelo.

– Gosta? 
– Na verdade, não. 
– Não? Como não! – disse ele, tomando a resposta quase como ofensa pessoal, já que o artista era amigo seu de longa data.
– Não gostando. – decretou.
– Não gostas de Arte? 
– De Arte eu gosto. Não gosto é disso! 

Na conversa que seguiu-se, Eduardo e Mônica, descobriram que assim como na canção homônima, não tinham quase nada em comum: a começar pelo que consideravam ser, ou não, boa arte. E ainda assim, apesar de todos os gostos conflitantes, sem ter a menor idéia do porque, sentiram-se totalmente atraídos um pelo outro. Um desejo tão forte, tão intenso, que os fizeram deixar juntos a galeria, dispostos a ir para qualquer lugar onde pudessem dar vazão ao que sentiam.

Ele sinalizou para o taxi, que parou poucos metros à frente. Entraram rapidamente para escapar da leve chuva que começava a cair. O motorista perguntou-lhes o destino, e partiu em seguida.

Apesar do esforço não mantiveram a compostura por muito tempo. Logo, bocas e corpos uniram-se para ali mesmo – no banco de trás –, trocar carícias.

Entre beijos, cada vez mais ousados, a mão de Eduardo avançou pela perna da mulher, abrindo caminho sob o tecido do vestido até aconchegar-se entre as coxas mornas e suaves. Quando pouco depois, a ponta de seus dedos pressionaram-lhe a calcinha contra a fenda úmida, a mulher – de olhos cerrados, e completamente entregue –, gemeu abrindo ainda mais as pernas. Durante uma breve eternidade Eduardo ficou assim, acariciando-lhe o sexo através da calcinha. O roçar da renda pressionada contra sua carne mais tenra, provocava na mulher uma consciência turva, onde pensamentos – já completamente desconexos –, ansiavam apenas pelo prazer.

O motorista não conseguindo mais manter-se alheio, corrigiu levemente a inclinação do espelho central, para facilitar a visão do que acontecia ali.

Mônica quis agir também, e tal qual uma gata, passou a lamber a face de Eduardo. A ponta dura, quente e úmida de sua língua percorreu-lhe o rosto, demorando-se sobre a boca do rapaz, mordendo e puxando os lábios para si. Beijou-lhe os olhos, e sentiu-os movimentando-se sob as pálpebras fechadas. Lambeu-lhe o pescoço, e mordeu a jugular para sentir a pulsação da veia impulsionando o sangue cada vez mais rápido. Chegou a orelha mordiscou-lhe o lóbulo. Usou a língua para brincar com ele. E cochichou-lhe obscenidades. Gostava assim e ele também parecia gostar, pois quanto mais bobagens ela dizia, mais a mão do rapaz intensificava os movimentos.

O volume entre as pernas do motorista aumentava, enquanto seus olhos acompanhavam timidamente a cena através do espelho. Talvez ele não soubesse, mas eles já haviam-no notado há tempos. O olhar do voyeur, não era problema, bem ao contrário, isso aumentava ainda mais a febre do casal recém-formado.

Com a língua girando em seu ouvido, o rapaz puxou a calcinha dela para o lado, expondo uma boceta rosada, coberta por uma sedosa pelagem negra, cujos lábios brilhosos e grelo saltado denunciavam um estado de profunda excitação. Quando os dedos do homem entraram nela, Mônica não se conteve e gemeu obscenamente alto.

Quando o carro finalmente parou, o motorista não teve coragem de olhar para trás. Limitou-se apenas a informar o preço da corrida. Eduardo abriu a carteira, separou as notas e entregou-as ao homem, dizendo:

– Espera um pouco. 

Eduardo então virou-se e pôs mais uma vez as mãos sob o vestido de Mônica.

– Que você vai fazer? – perguntou-lhe surpresa a mulher
– Que você acha? – retrucou o rapaz enquanto forcava-lhe a calcinha pra baixo.

Ela tentou impedir segurando-lhe as mãos.

– Não... – disse ela com um sorriso misto que tanto poderia ser de medo quanto de excitação. Talvez ambos. – ... você é louco?! 

Ele sorriu e tornou a puxar. Ela largou-lhe as mãos, e deixou que a delicada peça branca de renda escapasse-lhe do corpo. Eduardo entregou-a ao motorista dizendo:

– Toma! Uma gorjeta para você lembrar dessa noite. 

O motorista parecia não acreditar. Enquanto o casal saltava ele levou a calcinha ao rosto para sentir melhor o aroma daquela mulher. Quando a porta bateu, ele engrenou a marcha e partiu em seguida.

Já passava de duas da manhã, quando passaram pela portaria do prédio de Eduardo em direção ao hall dos elevadores.

O rapaz correu as mãos pela mulher, e libertou os seios dela para poder chupá-los. Com os dedos enlaçados nos cabelos do homem, Mônica começou a requebrar, pressionando a boceta faminta contra o volume cada vez mais rijo e pulsante, entre as pernas de Eduardo.

Excitado, o homem forçou-a para baixo. Ela não resistiu.  Agachou-se a sua frente, abriu-lhe a fivela do cinto, baixou o zíper e puxou para fora o membro rijo do rapaz. Mônica sorriu, seus olhos brilhavam de desejo. Expôs a língua e começou a lamber-lhe vagarosamente a glande. Os olhos do rapaz cerraram-se quando sentiu os lábios úmido e macios da mulher envolverem-lhe o pau. Sua mão automaticamente pousou sobre a cabeça da mulher acariciando-lhe os longos cabelos negros.

A mulher sugava-lhe o cacete com enorme habilidade. A língua girava entorno da cabeça enquanto os dentes arranhavam de leve a carne sensível. Vez por outra ela o tirava da boca para lambê-lo em toda sua extensão. Para beijá-lo, mordê-lo, enquanto suas mãos acariciavam-lhe o saco ainda dentro das calças.

Com um toque metálico suave, avisou o término da viagem. Saíram do elevador, atravessaram o corredor assim como estavam: ele com o pau para fora, ela com o vestido transformado em pouco mais que uma faixa na cintura.

Entraram no apartamento e livraram-se das roupas. Tinham pressa. Eduardo colocou-a contra a parede, levantou-lhe a perna direita e deixando-a sobre a própria cintura, posicionou a cabeça do pau na entrada da gruta da mulher. A resposta da mulher veio com Mônica contraindo forte a perna pousada sobre a bunda de Eduardo, forçando-lhe a entrada completa do membro. No mesmo instante, um gemido profundo abandonou a garganta da mulher alojando-se calorosamente dentro dos ouvidos do rapaz.

A mulher dobrou levemente os joelhos para aprofundar ainda mais a penetração do rapaz. A mão do Eduardo que até então apenas apoiava-a, deixou a letargia para – liberando a um dedo mais ousado –, também invadi-la por trás. A mulher trouxe-o ainda mais pra si.

Vez por outra, quando por um movimento mais brusco, o pênis abandonava-lhe a gruta, ela em febre reconduzia-o à posição e apoiando-o tentava evitar novas e inoportunas fugas. A medida em que o ritmo dos movimentos de Eduardo adquiriam mais força, os gemidos da mulher tornavam-se mais e mais intensos, até que aos gritos, e rasgando-lhe as costas com as unhas bem feitas, ela anunciava o gozo.

Ele forçando ainda mais e projetando-se com mais rapidez e vigor, gozou segundos depois.

Sobre as grandes almofadas no chão da sala, olhos nos olhos, trocavam carícias suaves. Ela passeando os dedos pelo membro semi ereto, ele desenhando descendo pelo vale entre os seios até pousar com as costas das unhas, na seda negra que recobria o púbis de Mônica.

Assim, com os toques, cheiros, e gostos do sexo tão presentes em sua carne, aos poucos sentiram-se dominar novamente pela febre...  mas essa é uma outra história.



quinta-feira, 14 de junho de 2012

A VIAGEM


Uma chuva fina cobria a cidade, quando Sílvia – caminhando em direção ao ponto de ônibus –, passou pelo edifício em construção. O guarda chuva, e o casaco pesado que usava, não bastaram para impedir uma avalanche de "Gostosa" e “Tesuda” que partiu dos andaimes à seus ouvidos.

Apertou o passo, e sem querer, sorriu lembrando-se quando certa vez – quando era mais jovem –, ouviu que no fundo nada provocava tanto o ego de mulher, quanto a cantada barata dos operários num pátio de obras. Na ocasião, ficou indignada. Para ela no auge de seu idealismo romântico-adolescente, era impossível crer que algo dito assim, com tamanha vulgaridade, poderia excitar uma mulher. Hoje porém, mais experiente, embora não tão mais velha, concordava com a frase. A maturidade que fez da menina, mulher, trouxe-lhe o prazer pelo corpo. E a vulgaridade crua daquelas palavras, davam-lhe a consciência da própria sensualidade.

Ficou no ponto, poucos minutos. O ônibus executivo surgiu logo, aparecendo em meio a cortina cinza da chuva, e provocando uma pequena onda na água empoçada junto ao meio fio.

Fechou o guarda chuva, e saindo da proteção porca, do abrigo de rua, subiu no transporte. Entregou o dinheiro – que trazia separado no bolso do casaco, ao motorista, abriu a porta que separava-o da área dos passageiros, e seguiu ao centro do veículo, que para sua surpresa estava vazio, completamente vazio. Escolheu a fileira da direita, sentou-se na cadeira junto a janela, abriu o casaco úmido – revelando o bonito par de coxas que nascia-lhe da saia de brim –, limpou o vidro embaçado, e olhou para fora perdendo-se entre pensamentos até adormecer.

Sílvia não notou quando o homem entrou no veículo e sentou-se a seu lado. Tampouco notou, os olhos gulosos percorrendo-lhe as pernas.

– Meio frio, para uma saia tão curta, não acha? – disse o homem, acordando-a.

Olhou pela primeira vez para o homem a seu lado, e calculou que tivessem a mesma idade. Embora não fosse particularmente bonito, achou-o atraente. O terno marinho, coberto pelas minúsculas gotículas brilhantes de chuva, conferiam-no um ar sóbrio. Por trás da armação leve dos óculos de grau, tinha olhos num tom profundo de castanho, e o tom azulado da pele clara do rosto, denunciava que embora bem feita, sua barba deveria ser extremamente cerrada. Gostou particularmente da charmosa mecha branca, que encimava-lhe a onda de cabelos negros, bem acima dos olhos.

– Problema meu, não acha? – retrucou a moça.
– Não concordo. Pernas assim, tem de ser muito bem cuidadas. 
– Não precisa se preocupar não, que sei me cuidar muito bem. – disse fechando novamente o casaco.

O homem sorriu, abrindo-lhe novamente o casaco num movimento quase invisível.

– Eu não disse que apesar do frio, não era uma boa idéia deixá-las a mostra. 
– Escuta meu filho. Você não acha que esta indo longe demais não? 
– Não. E estou vendo em seus olhos, que você também não acha. 

Sílvia gelou.

Ele tinha razão, ela estava gostando. Gostava de sentir-se dominada. E apesar do temor que uma situação assim pudesse representar para ela, o tom arrogante do homem tinha-a conquistado por completo. Idéias dominaram-lhe a mente e Sílvia sentiu-se profundamente excitada.

O homem sorriu, ao pousar ,sem resistências, suas mãos sobre as coxas da mulher. Que em silêncio, tornara-se voyeur de si mesma.

– Vamos brincar um pouco. – sussurrou-lhe o homem ao ouvido.

Permissiva, Sílvia cerrou os olhos, enquanto as mãos corriam-lhe as pernas. Os dedos grossos, amassavam-lhe a carne macia. As unhas, cravadas com certa violência, traçavam trilhas vermelhas na pele clara. Ele afastou-lhe os cabelos, e mordeu e lambeu-lhe o pescoço e a nuca. A língua dura e molhada, deslizou por sua pele da mulher, arrepiando-lhe os poros. Penetrou-lhe a orelha e brincou, mordiscando o lóbulo adornado pelo delicado pingente de ouro. Sílvia suspirou, arqueando o corpo em resposta aos gestos do desconhecido.

– Sua boceta esta molhada? 
 – Esta... 
 – Muito molhada? 
 – Esta... 

A mão do homem avançou, forçando para cima a pesada saia de brim, até poder tocar-lhe com relativo conforto. Olhou surgir com satisfação, a diminuta calcinha rosa, que cobria-lhe o xana robusta. Começou a toca-la assim, por cima da lycra. Sentiu-lhe a textura dos pelos, pelo tato descobriu-os fartos. Pressionou um pouco mais, e afloraram-lhe sob seus dedos, as formas generosas da incisão e do broto saliente de carne.

A mulher deslizou as mãos por baixo do paletó, arranhando-lhe as costas com as unhas, mordendo-lhe e beijando-lhe os lábios.

Ele afastou-a levemente. E com um gesto repentino, arrebentou-lhe a fina lateral da calcinha, livrando-a da peça. Sílvia não sentiu no momento, a dor do gesto que tingiu-lhe de roxo, a pele. Puxou-lhe então a perna esquerda, e pousando a coxa da mulher sobe a sua, deixou-a completamente exposta à seus caprichos.

– Gosta disso, né putinha!

Sílvia pensou em responder. Queria dizer a ele que nunca tinha feito tal coisa. Mas a excitação não permitiu-lhe falar nada. Depois, se ele quisesse-a como puta, puta então ela seria.

Com o dedo médio, dobrado como anzol, o homem penetrou-lhe a gruta molhada, enquanto os dedos vizinhos, afastavam-lhe os lábios róseos e brilhantes. Da fundo da garganta de Sílvia, um grunhido profundo de prazer brotou. O homem abriu-lhe a blusa, libertou o par de seios generosos, e pôs-se a morder e chupar grandes os mamilos rosados. Brincava fazendo-os vibrar, sentindo-os enrijecer sob a ponta da língua elétrica.

Sílvia gemia, sentindo o calor espalhar-se pelo seu corpo. Sentindo as pernas trêmulas pelo desejo, e a boca seca, enquanto a xota, habilmente manipulada, tornava-se cada vez mais quente, cada vez mais úmida. Com a ponta do dedo, sentiu a rugosidade da carne, na parte interna da xana da mulher, próxima ao clitóris. Esfregou-se ali, continua e demoradamente. O prazer urgente, obrigou-a a apressar seu ritmo. E Sílvia, gemia, contorcendo o corpo como uma serpente, enroscando-se, e esfregando-se ainda mais, à mão que a fodia. E rebolando, gozou apertando as próprias mãos contra as dele, fazendo-o aquietar-se fundo dentro dela.

O homem, permaneceu imóvel, permitindo a mulher saborear o prazer das contínuas contrações que ainda dominavam-lhe os músculos vaginas. Depois, abriu o zíper e puxou para fora o pênis, cuja cabeça vermelha e brilhante, vibrava febril. Sílvia admirou, o vigor do músculo. E conduzida pelas mãos do desconhecido, deitou-se sobre seu colo, embainhando a glande entre os lábios vermelhos. A língua da mulher percorreu-lhe todo o comprimento da vara. Subindo e descendo, da cabeça a base. A saliva escorria-lhe da boca, tão farta quanto o gozo que descia-lhe pelas coxas. Com os dentes, arranhava e beliscava suavemente a vara, enquanto deliciava-se na extensão de sua geografia, sentindo-lhe as veias, músculos e nervos. A mão do homem em sua cabeça, ditou-lhe o ritmo dos movimento, e sua boca, incansável ventosa, sugava-o com sofreguidão. A língua safada, girava, envolvendo, circundando-lhe a grande inchada.

Num ato reflexo, a mulher fechou abruptamente os olhos, ao sentir as primeiras e fartas golfadas de espesso licor agridoce, atravessarem sua boca em direção a garganta. Tentou engolir, esforçou-se para não desperdiçar o precioso líquido, mas parte do volume, escorreu-lhe pelos lábios, descendo através de seu queixo até por fim repousar-lhe entre os pêlos negros do púbis.

O homem afastou a mulher, e tirando do bolso interno do paletó, um lenço de linho brando, limpou o pênis, semi-endurecido. Curvou-se a mulher, já recomposta, e limpou a porra que escorria-lhe pela face. Depois, beijou-lhe a boca – ainda perfumada de gozo –, levantou-se e foi até a cabine do motorista.

O ônibus parou, e pela janela Sílvia viu o homem descer. Em uma última e rápida troca de olhares, o estranho tirou do bolso a calcinha e levando-a ao rosto, inalou-lhe os aromas. Sílvia sorriu, e gozou mais uma vez.


sexta-feira, 8 de junho de 2012

O JOGO

Passava pouco do meio-dia, quando a tela do celular se iluminou, ao mesmo tempo que um leve vibrar anunciava que uma nova mensagem havia chegado.

Segurando o aparelho na palma da mão direita, usou a ponta do polegar para acionar os comandos na pequena tela de cristal, e no momento seguinte lá estava ela, linda, em completo abandono ao capricho de seus olhos.

Em pé, diante do sofá na sala de estar, com a camisola negra soerguida e as coxas grossas a mostra, tinha a calcinha posta de lado pelas mãos de unhas bem feitas, que sem o menor pudor, abriam as pétalas da carne tenra e rósea do sexo encimado por uma pelagem suave de fios dourados bem aparados.

Foi o toque do telefone que o arrancou  do torpor. Era ela.

– Gostou? – disse ela, já conhecendo a resposta.
– Ah, se estivesse aqui, não precisaria fazer essa pergunta.
– Porque?
– disse ela, fingindo uma inocência que não possuía.
– Porque veria o volume que se formou entre minhas pernas, por causa desta tua brincadeira.
– Adoro!
– respondeu à mulher, rindo baixinho do outro lado da linha.
– Adora né sua safada! Tua sorte é que o pessoal foi almoçar e eu estou sozinho.
– Sorte nada, fiz de caso pensado. Um presentinho para que você pudesse trabalhar mais inspirado.

– Pois funcionou, safada. Porque agora, estou inspiradíssimo.
– Que delicia, tesão... mas pode deixar que a noite eu cuido bem direitinho de você!
- provocou maliciosa
– A noite porra nenhuma.. vamos resolver isso já!
– disse ele
– Não dá tesão! Daqui a pouco minha paciente chega.
– Isso já é um problema seu!
– rebateu
– Mas tesão... imagina se minha secretária entra e me pega no pulo!?
– Por acaso você acha que vai me deixar de pau duro no escritório, e sair como se nada tivesse acontecido?
– Ai meu Jesus, quando você fala assim...  eu.. ai...  espera!


Pelo aparelho, deixado sobre a mesa, o homem acompanhou em silêncio o som cada vez mais distante dos sapatos escarpin, conforme atingiam o assoalho de madeira em direção a ante-sala do consultório.

– Ligia? – escutou ele, bem ao longe
– Sim doutora?
– disse a outra voz, ainda mais sutil
– Querida, vou ao toalete e pode se que eu demore um pouquinho.
– Sim senhora.
– Temos quanto tempo até a próxima consulta?
– Vinte minutos doutora.
– Ok, meu bem. Se ligarem, você pega o recado que eu ligo em seguida.
– Claro doutora. Pode deixar.


O próximo som, foi breve e seco; a porta, pensou ele. Depois, ouvindo o tamborilar crescente dos saltos na madeira, concluiu que ela se aproximava do aparelho.

– Só mais um pouquinho... – disse ela em um sussurro, sem aguardar resposta.

Passos depois, o som de madeira contra madeira e um clique metálico, indicaram que haviam chegado a seu destino.

– Pronto tesão, estou no banheiro. Sou sua.
– Como você está vestida agora.
– Hum... estou com um casaqueto de tweed cinza mesclado, uma blusinha de seda branca e uma saia longa preta.
– Mais nada?
– Ah. Tinha esquecido... calcinha.
– Esquecido, né? Sei. E como é a calcinha?
– Comportada. Cinza, riscadinha. As laterais são largas, com uns 3 ou 4 dedos mais ou menos, tem um pouquinho de renda e um laçinho de cetim em cima.
– disse baixinho
– Aonde fica a renda?
– prosseguiu ele em seu inquérito
– Na parte da frente
– Sobre a boceta?
– Sobre a boceta não. Um pouquinho mais pra cima 
– Teus pelinhos fogem por ela?
– Só um pouquinho. 
– Tire o casaco.
– Pronto.
– disse ela segundos depois da instrução
– Agora abra a blusa.


Ela obedeceu mais uma vez.

Parada em frente ao espelho do banheiro, começou discretamente a abrir os pequenos botões de madrepérola, revelando o belo colo salpicado de sardas.  Tomada de desejo, inflamada pelo jogo, acariciou a nuca 3 o pescoço com a mão esquerda, e desceu em seguida pela seda, para com movimentos mais bruscos, soltar a blusa da saia.

Com o olhar fixo em seu reflexo, e narrando cada pequeno movimento que faz ao amante, ela passeia com a mão pelo ventre recém liberto, e subindo os aclives de sua carne, escala as formas redondas e suaves dos seios pequenos e bem formados. Na palma delicada da mão que deslizava gentil sobre a pele macia, percebeu os mamilos ficando mais rijos e o relevo das aréolas róseas mais salientes, a cada nova carícia.

– Esta gostando?
– Muito. – 
disse ela, com a voz já embargada
– Tire a saia. 

A mulher girou a saia em torno da cintura, alinhando o fecho à anca direita. Abriu o botão da presilha, desceu o zíper, e após um leve empurrar, requebrou o corpo fazendo o tecido pesado escorregar por suas pernas, até cair aberto a seus pés, formando uma rosa negra sobre o chão branco de cerâmica.

– Como esta tua boceta? –  perguntou, enquanto apertava forte o pau por cima da calça

Ela olhou para baixo, enfiou o polegar entre a carne e a renda negra, descolou a calcinha do corpo e sorriu.

– Ah, se estivesse aqui, não precisaria fazer essa pergunta. – disse baixinho
– Porque?
– retrucou ele, entendo perfeitamente a provocação.
– Porque veria como estou por causa desta tua brincadeira. Minha calcinha esta toda melada e brilhosa.. toda melada e brilhosa..  tanto.
– repediu, num tom morno e baixinho, como que encantada com a sonoridade das próprias palavras
– Que delicia meu tesão. Agora faça o seguinte...


E ela acatou as novas instruções. Cada uma delas. Ergueu o joelho e a perna esquerda, e apoiou o pé sobre o vaso. Puxou a calcinha para o lado e moveu lentamente a mão, descendo os dedos pela pelagem dourada, até atingir o entalhe das carnes debruadas. Patinando na própria seiva, tocou pela primeira vez no grelo teso, e sentiu um arrepio correr, intenso como uma descarga elétrica, por sua coluna, arrepiando cada penugem de seu corpo.

Totalmente entregue ao jogo proposto pelo amante, enfiou dois dedos dentro da boceta, e olhando para o sexo, amou ver a forma como a carne dos lábios cedia à pressão dos invasores e recurvava-se sobre si mesma, como se também ela quisesse entrar.

Estava tão molhada, tão completamente melada, que sem dizer nada, ele, do outro lado da cidade, foi capaz de ouvir nitidamente o barulhinho dos dedos lambuzados, entrando e saindo de sua boceta.

Com a voz do amante a lhe inundar os pensamentos e completamente tomada pelo desejo, olhou para o espelho como quem olha por uma janela, e viu diante dela, uma outra mulher, mais livre, mais pura, mais fêmea do que ela. Acompanhava a forma como seus dedos desapareciam enérgicos, dentro na fenda rubra, e o modo como o polegar, traçava círculos concêntricos, cada vez menores, que pouco a pouco o deixavam mais perto do clitóris. Vendo-a se tocar com tanto gosto, teve inveja de si mesma, e sentiu um fogo ainda maior a lhe arder entre as pernas. Repetindo os movimentos da mulher que via no espelho, passou ela também a fazer exercer dedilhar a trêmula corda de seu grelo, em um movimento quase invisível. 

A cada novo som, a cada nova descrição dada pela mulher em voz rouca e embriagada, fazia a fome do homem,  já com o pau já para fora da calça, crescer em escala exponencial.

Em pouco tempo, o que começou como uma provocação e evoluiu para um jogo de estímulos, de pedidos e concessões, encontrou força suficiente para romper com os limites da realidade e se transformar em uma fantasia compartilhada, onde ambos estavam juntos, e onde podiam tocar e ser tocados um pelo outro. E foi assim, deste modo, que ela o sentiu invadir o banheiro onde estava, e cercá-la como um lobo selvagem. 

Como um macho alfa, forte, prepotente e agressivo ele avançou em direção em sua direção em passos sussurrados, mais e mais perto, até conseguir num bote certeiro, agarrá-la pelos punhos e empurrá-la contra a parede.

Com ela imóvel  ele olhou fundo dentro do cristalino celeste dos olhos da presa, e inflando as narinas, deliciou-se com os aromas fortes de mulher que emanavam do corpo sinuoso. Seu desejo era tanto, sua fome tamanha, que no mesmo instante sua boca encheu-se d'água.

Ela, perfeita antítese da caça, limitou-se a sorrir. Um sorriso largo, debochado e desafiador, que dizia de forma escancarada:  Você é meu!

Não se importou com isso. Muito pelo contrário. E usando o joelho, afastou sem muito esforço as coxas torneadas da mulher deixando-a ainda mais vulnerável à seus caprichos. Depois, levou uma das mãos ao delta aveludado da mulher e comprovou o quanto ela estava úmida. Foi a vez dele sorrir, enquanto derramava palavras sem qualquer traço de doçura, ao ouvido: “Sua boceta está babando de vontade de comer minha pica, minha puta safada.

A mulher cerrou os olhos, entreabriu os lábios vermelhos, ronronou e se molhou ainda mais.

Beijou-a intensamente e desse mesmo modo foi beijando seu pescoço, colo, ombros e seios, seguindo a trilha das sardas cor de mel, até o centro do corpo voluptuoso, que a cada nova carícia, serpenteava e ondulava como um mar agitado.

Demorou-se nos seios, enquanto ela, com cara de vagabunda, gemia de forma indecente, cada vez mais excitada. Passou cautelosamente a língua em torno das aréolas, mordiscando e sugando os mamilos, que pareciam dobrar de tamanho entre os dentes e lábios do homem.

Com as mãos livres, enfiadas entre os cabelos sedosos do amante, acompanhava com olhos lascivos, a forma como ele descendo por seu corpo, deixava pequenas marcas vermelhas nos pontos onde havia tocado, com beijos mordiscados, a carne branca e macia de seu ventre.

Quando a língua, áspera e duro, tocou seu sexo pela primeira, vez, ela derreteu. 

Chupo-a com gosto. Mordiscando a carne próxima das coxas e do púbis tenro, sugando-lhe o grelo, capturando os lábios dela entre os seus e puxando-os para fora, e penetrando-a com a língua. Fez isso inúmeras vezes, arrancando a cada movimento inusitado de sua boca e língua, novos gemidos, que por sua vez provocavam movimentos mais intensos e ousados. Lambuzou-lhe o rosto todo. Deixando os lábios do homem tão molhados e vermelhos como estavam todos os seus.

Agora chega... pelo amor de Deus... chega... vem...  me fode...  enfia essa pica em mim...  me fode agora! – disse imperativa

Ele se levantou e com o braço ergueu a perna direita da mulher, que o enlaçou à altura da cintura. Entrou com força, obrigando a mulher a abafar o grito.

Sentindo a ponta do scarpin, levemente enfiada na carne, e as unhas abrindo trilhas carmim entre os pelos escuros das costas, pensou orgulhoso:  “Não vai demorar muito.”

Repetindo, com ímpeto ainda maior, deslizou tão facilmente para dentro da boceta escorregadia que a permitiu sentir o saco batendo forte nela, bem pertinho da bunda. A gruta encharcada, produzia uma espuma densa que se escorria pela haste do pau e se acumulava na base, até descer pelo saco e pingar em direção ao piso.

– Rebola, minha puta, rebola.. – disse ele, ardendo
– Aí... como eu tô tesuda... Deus .. – respondeu, acelerando os movimentos

Quiseram gritar mas não podiam.. e assim, em silêncio e de olhos fechados,  gozaram juntos com a intensidade de um pequeno vulcão.

Sentindo os corações ainda correndo como puros-sangues enlouquecidos dentro do peito, se tocaram e acariciaram, e espalharam pela boca um do outro, o produto de toda aquela doce loucura. Depois, beijaram-se profundamente, intensamente, apaixonadamente e só quando o ritmo do sangue, acalmou, se permitiram abrir os olhos e ficar distantes novamente.

– Ai.. se você visse como me deixou! – disse ela olhando para o corpo, lambuzado e satisfeito
– Deve estar bem parecida comigo!
– Só você para me levar a fazer coisas assim... você me deixa com uma febre louca!
– Te adoro, minha vadia deliciosa!
– Ai que loucura, tenho que me comportar agora!
– Eu também. Mas em casa, te devoro novamente. E desta vez não vamos acabar assim, tão cedo!
– Não mesmo! Agora eu me vou. Pense em mim, que eu estarei pensando em você minha tentação.
– Sempre.



Desligaram, se recompuseram, e voltaram a seus afazeres.


quinta-feira, 7 de junho de 2012

PRAZERES...

.Isso...
Agora desça devagar
Sinta como ele vence a resistência de sua carne,
E entra sinuoso e justo em teu interior
E lembre-se que enquanto faz isso…
Eu estarei aqui, nas sombras
Observando você

quarta-feira, 6 de junho de 2012

terça-feira, 5 de junho de 2012

POR UNS QUILINHOS A MAIS


Se você esta acima do peso, não esquente.

Não abaixe a cabeça com provocações ou piadas. 


Se te chamem de gorda, diga simplesmente "E daí?!" e ria você da mediocridade alheia.


Não se esconda nas roupas largas, nem aceite verdades que nunca foram são suas, nem de ninguém.


Assuma orgulhosa os quilos a mais....


Assuma suas coxas grossas, sua xana estufada, sua pança, seus seios fartos... 


Assuma seus volumes, suas curvas e carnes... 


e seja feliz


Porque não é a carne que te veste que te define...


é você.


Não reprima tuas vontades...


Explore teus desejos...


Fantasias....



E saiba que não há nada que desperte mais o desejo do que uma mulher que se gosta, 
que tem orgulho e amor por si mesma.



  E ao olhar no espelho algo ainda te incomodar... lembre-se.... 


celulite é apenas "Gostosa" escrito em Braille.



Inspirado em uma amiga muito querida, que não tem problema algum para ostentar orgulhosa seus deliciosos quilinhos a mais...


Lambidas do Lobo

domingo, 3 de junho de 2012

CONTO DE LETRINHAS












Achou-a classe A
Puro T
Com mais curvas que um S
naquele vestido em V

Mas K entre nós
no dia D
na hora H
veja o C
foi o Ó 

Tentou N vezes
Arriscou o plano B, o J, até o Z
Mas nada de ponto G 

Ela P da vida
e L diz gaiato..
que não há quem não R

Í 
Pra Q!
Foi o X da questão!

Mandou-o a M...  e saiu

E sozinho, olhando para seu Y caido
O sujeito, com cara de U balbucia baixinho...

- É F...  


sábado, 2 de junho de 2012

PARA ABRIR O APETITE 4

Causa e efeito...


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 Escrevo minha poesia e meu desejo em tua carne, para que a uses sempre...


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Mulher vestida de sol ....


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Prazer....


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Quero correr teu mundo e descobrir todos os caminhos de tua pura geografia...


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Beijos íntimos