terça-feira, 19 de junho de 2012

EDUARDO E MÔNICA



De pontos opostos do salão, vieram – copos à mão –, parar lado a lado, defronte a tela principal da exposição. Em silêncio, o rapaz olhou discretamente para a moça, de corpo mignon e formas generosas. O cabelo ondulado, descia-lhe até os ombros, ressaltando ainda mais o brilho dos olhos amendoados. Resolveu quebrar o gelo.

– Gosta? 
– Na verdade, não. 
– Não? Como não! – disse ele, tomando a resposta quase como ofensa pessoal, já que o artista era amigo seu de longa data.
– Não gostando. – decretou.
– Não gostas de Arte? 
– De Arte eu gosto. Não gosto é disso! 

Na conversa que seguiu-se, Eduardo e Mônica, descobriram que assim como na canção homônima, não tinham quase nada em comum: a começar pelo que consideravam ser, ou não, boa arte. E ainda assim, apesar de todos os gostos conflitantes, sem ter a menor idéia do porque, sentiram-se totalmente atraídos um pelo outro. Um desejo tão forte, tão intenso, que os fizeram deixar juntos a galeria, dispostos a ir para qualquer lugar onde pudessem dar vazão ao que sentiam.

Ele sinalizou para o taxi, que parou poucos metros à frente. Entraram rapidamente para escapar da leve chuva que começava a cair. O motorista perguntou-lhes o destino, e partiu em seguida.

Apesar do esforço não mantiveram a compostura por muito tempo. Logo, bocas e corpos uniram-se para ali mesmo – no banco de trás –, trocar carícias.

Entre beijos, cada vez mais ousados, a mão de Eduardo avançou pela perna da mulher, abrindo caminho sob o tecido do vestido até aconchegar-se entre as coxas mornas e suaves. Quando pouco depois, a ponta de seus dedos pressionaram-lhe a calcinha contra a fenda úmida, a mulher – de olhos cerrados, e completamente entregue –, gemeu abrindo ainda mais as pernas. Durante uma breve eternidade Eduardo ficou assim, acariciando-lhe o sexo através da calcinha. O roçar da renda pressionada contra sua carne mais tenra, provocava na mulher uma consciência turva, onde pensamentos – já completamente desconexos –, ansiavam apenas pelo prazer.

O motorista não conseguindo mais manter-se alheio, corrigiu levemente a inclinação do espelho central, para facilitar a visão do que acontecia ali.

Mônica quis agir também, e tal qual uma gata, passou a lamber a face de Eduardo. A ponta dura, quente e úmida de sua língua percorreu-lhe o rosto, demorando-se sobre a boca do rapaz, mordendo e puxando os lábios para si. Beijou-lhe os olhos, e sentiu-os movimentando-se sob as pálpebras fechadas. Lambeu-lhe o pescoço, e mordeu a jugular para sentir a pulsação da veia impulsionando o sangue cada vez mais rápido. Chegou a orelha mordiscou-lhe o lóbulo. Usou a língua para brincar com ele. E cochichou-lhe obscenidades. Gostava assim e ele também parecia gostar, pois quanto mais bobagens ela dizia, mais a mão do rapaz intensificava os movimentos.

O volume entre as pernas do motorista aumentava, enquanto seus olhos acompanhavam timidamente a cena através do espelho. Talvez ele não soubesse, mas eles já haviam-no notado há tempos. O olhar do voyeur, não era problema, bem ao contrário, isso aumentava ainda mais a febre do casal recém-formado.

Com a língua girando em seu ouvido, o rapaz puxou a calcinha dela para o lado, expondo uma boceta rosada, coberta por uma sedosa pelagem negra, cujos lábios brilhosos e grelo saltado denunciavam um estado de profunda excitação. Quando os dedos do homem entraram nela, Mônica não se conteve e gemeu obscenamente alto.

Quando o carro finalmente parou, o motorista não teve coragem de olhar para trás. Limitou-se apenas a informar o preço da corrida. Eduardo abriu a carteira, separou as notas e entregou-as ao homem, dizendo:

– Espera um pouco. 

Eduardo então virou-se e pôs mais uma vez as mãos sob o vestido de Mônica.

– Que você vai fazer? – perguntou-lhe surpresa a mulher
– Que você acha? – retrucou o rapaz enquanto forcava-lhe a calcinha pra baixo.

Ela tentou impedir segurando-lhe as mãos.

– Não... – disse ela com um sorriso misto que tanto poderia ser de medo quanto de excitação. Talvez ambos. – ... você é louco?! 

Ele sorriu e tornou a puxar. Ela largou-lhe as mãos, e deixou que a delicada peça branca de renda escapasse-lhe do corpo. Eduardo entregou-a ao motorista dizendo:

– Toma! Uma gorjeta para você lembrar dessa noite. 

O motorista parecia não acreditar. Enquanto o casal saltava ele levou a calcinha ao rosto para sentir melhor o aroma daquela mulher. Quando a porta bateu, ele engrenou a marcha e partiu em seguida.

Já passava de duas da manhã, quando passaram pela portaria do prédio de Eduardo em direção ao hall dos elevadores.

O rapaz correu as mãos pela mulher, e libertou os seios dela para poder chupá-los. Com os dedos enlaçados nos cabelos do homem, Mônica começou a requebrar, pressionando a boceta faminta contra o volume cada vez mais rijo e pulsante, entre as pernas de Eduardo.

Excitado, o homem forçou-a para baixo. Ela não resistiu.  Agachou-se a sua frente, abriu-lhe a fivela do cinto, baixou o zíper e puxou para fora o membro rijo do rapaz. Mônica sorriu, seus olhos brilhavam de desejo. Expôs a língua e começou a lamber-lhe vagarosamente a glande. Os olhos do rapaz cerraram-se quando sentiu os lábios úmido e macios da mulher envolverem-lhe o pau. Sua mão automaticamente pousou sobre a cabeça da mulher acariciando-lhe os longos cabelos negros.

A mulher sugava-lhe o cacete com enorme habilidade. A língua girava entorno da cabeça enquanto os dentes arranhavam de leve a carne sensível. Vez por outra ela o tirava da boca para lambê-lo em toda sua extensão. Para beijá-lo, mordê-lo, enquanto suas mãos acariciavam-lhe o saco ainda dentro das calças.

Com um toque metálico suave, avisou o término da viagem. Saíram do elevador, atravessaram o corredor assim como estavam: ele com o pau para fora, ela com o vestido transformado em pouco mais que uma faixa na cintura.

Entraram no apartamento e livraram-se das roupas. Tinham pressa. Eduardo colocou-a contra a parede, levantou-lhe a perna direita e deixando-a sobre a própria cintura, posicionou a cabeça do pau na entrada da gruta da mulher. A resposta da mulher veio com Mônica contraindo forte a perna pousada sobre a bunda de Eduardo, forçando-lhe a entrada completa do membro. No mesmo instante, um gemido profundo abandonou a garganta da mulher alojando-se calorosamente dentro dos ouvidos do rapaz.

A mulher dobrou levemente os joelhos para aprofundar ainda mais a penetração do rapaz. A mão do Eduardo que até então apenas apoiava-a, deixou a letargia para – liberando a um dedo mais ousado –, também invadi-la por trás. A mulher trouxe-o ainda mais pra si.

Vez por outra, quando por um movimento mais brusco, o pênis abandonava-lhe a gruta, ela em febre reconduzia-o à posição e apoiando-o tentava evitar novas e inoportunas fugas. A medida em que o ritmo dos movimentos de Eduardo adquiriam mais força, os gemidos da mulher tornavam-se mais e mais intensos, até que aos gritos, e rasgando-lhe as costas com as unhas bem feitas, ela anunciava o gozo.

Ele forçando ainda mais e projetando-se com mais rapidez e vigor, gozou segundos depois.

Sobre as grandes almofadas no chão da sala, olhos nos olhos, trocavam carícias suaves. Ela passeando os dedos pelo membro semi ereto, ele desenhando descendo pelo vale entre os seios até pousar com as costas das unhas, na seda negra que recobria o púbis de Mônica.

Assim, com os toques, cheiros, e gostos do sexo tão presentes em sua carne, aos poucos sentiram-se dominar novamente pela febre...  mas essa é uma outra história.



8 comentários:

LadySiri disse...

Qualquer elogio da minha parte seria redundância,rs...só me resta confessar o quanto fico perturbada rsss...principalmente quando ele tira a calcinha da moça para entregar ao motorista kkkkk...puro tesão meu Lobo!

Loboguará disse...

O minha lady.... mas isso é bom demais. Saber que você se deixa enredar por minhas histórias me enche de orgulho porque admiro muito tudo que você faz... lambidas do lobo.

Lou Albergaria disse...

Que delícia de conto!!!! cada detalhe...não por acaso dizem que Deus (e, o diabo) habitam os detalhes! hahaha...

amei! simplesmente, amei!

Eis um conto orgástico! por demais!

Parabéns, Lobo!


Beijos!

Anônimo disse...

Preciso visitar mais galerias de Arte! rss

beijos borboléticos!

SenhoraLúcifer disse...

Adoro os opostos que se devoram!
Delicioso...
Beijos gulosos em você.

Loboguará disse...

Oi poetinha... Pois é eu sou dessa tese também... gosto de detalhes, me ajudam a ver durante a leitura. Fiquei imensamente feliz que tenga gostado, pois sou fã de teus textos. Lambidas do lobo.

Loboguará disse...

Olha, galerias de arte, museus e livrarias.. são pouco alardeados mas são lugares interessantes mesmo viu... kkkkk .. Lambidas do Lobo borboletinha

Loboguará disse...

ô minha capetinha predileta... adoro quando vens aqui me dar um cheiro... Lambidas do Lobo