sexta-feira, 8 de junho de 2012

O JOGO

Passava pouco do meio-dia, quando a tela do celular se iluminou, ao mesmo tempo que um leve vibrar anunciava que uma nova mensagem havia chegado.

Segurando o aparelho na palma da mão direita, usou a ponta do polegar para acionar os comandos na pequena tela de cristal, e no momento seguinte lá estava ela, linda, em completo abandono ao capricho de seus olhos.

Em pé, diante do sofá na sala de estar, com a camisola negra soerguida e as coxas grossas a mostra, tinha a calcinha posta de lado pelas mãos de unhas bem feitas, que sem o menor pudor, abriam as pétalas da carne tenra e rósea do sexo encimado por uma pelagem suave de fios dourados bem aparados.

Foi o toque do telefone que o arrancou  do torpor. Era ela.

– Gostou? – disse ela, já conhecendo a resposta.
– Ah, se estivesse aqui, não precisaria fazer essa pergunta.
– Porque?
– disse ela, fingindo uma inocência que não possuía.
– Porque veria o volume que se formou entre minhas pernas, por causa desta tua brincadeira.
– Adoro!
– respondeu à mulher, rindo baixinho do outro lado da linha.
– Adora né sua safada! Tua sorte é que o pessoal foi almoçar e eu estou sozinho.
– Sorte nada, fiz de caso pensado. Um presentinho para que você pudesse trabalhar mais inspirado.

– Pois funcionou, safada. Porque agora, estou inspiradíssimo.
– Que delicia, tesão... mas pode deixar que a noite eu cuido bem direitinho de você!
- provocou maliciosa
– A noite porra nenhuma.. vamos resolver isso já!
– disse ele
– Não dá tesão! Daqui a pouco minha paciente chega.
– Isso já é um problema seu!
– rebateu
– Mas tesão... imagina se minha secretária entra e me pega no pulo!?
– Por acaso você acha que vai me deixar de pau duro no escritório, e sair como se nada tivesse acontecido?
– Ai meu Jesus, quando você fala assim...  eu.. ai...  espera!


Pelo aparelho, deixado sobre a mesa, o homem acompanhou em silêncio o som cada vez mais distante dos sapatos escarpin, conforme atingiam o assoalho de madeira em direção a ante-sala do consultório.

– Ligia? – escutou ele, bem ao longe
– Sim doutora?
– disse a outra voz, ainda mais sutil
– Querida, vou ao toalete e pode se que eu demore um pouquinho.
– Sim senhora.
– Temos quanto tempo até a próxima consulta?
– Vinte minutos doutora.
– Ok, meu bem. Se ligarem, você pega o recado que eu ligo em seguida.
– Claro doutora. Pode deixar.


O próximo som, foi breve e seco; a porta, pensou ele. Depois, ouvindo o tamborilar crescente dos saltos na madeira, concluiu que ela se aproximava do aparelho.

– Só mais um pouquinho... – disse ela em um sussurro, sem aguardar resposta.

Passos depois, o som de madeira contra madeira e um clique metálico, indicaram que haviam chegado a seu destino.

– Pronto tesão, estou no banheiro. Sou sua.
– Como você está vestida agora.
– Hum... estou com um casaqueto de tweed cinza mesclado, uma blusinha de seda branca e uma saia longa preta.
– Mais nada?
– Ah. Tinha esquecido... calcinha.
– Esquecido, né? Sei. E como é a calcinha?
– Comportada. Cinza, riscadinha. As laterais são largas, com uns 3 ou 4 dedos mais ou menos, tem um pouquinho de renda e um laçinho de cetim em cima.
– disse baixinho
– Aonde fica a renda?
– prosseguiu ele em seu inquérito
– Na parte da frente
– Sobre a boceta?
– Sobre a boceta não. Um pouquinho mais pra cima 
– Teus pelinhos fogem por ela?
– Só um pouquinho. 
– Tire o casaco.
– Pronto.
– disse ela segundos depois da instrução
– Agora abra a blusa.


Ela obedeceu mais uma vez.

Parada em frente ao espelho do banheiro, começou discretamente a abrir os pequenos botões de madrepérola, revelando o belo colo salpicado de sardas.  Tomada de desejo, inflamada pelo jogo, acariciou a nuca 3 o pescoço com a mão esquerda, e desceu em seguida pela seda, para com movimentos mais bruscos, soltar a blusa da saia.

Com o olhar fixo em seu reflexo, e narrando cada pequeno movimento que faz ao amante, ela passeia com a mão pelo ventre recém liberto, e subindo os aclives de sua carne, escala as formas redondas e suaves dos seios pequenos e bem formados. Na palma delicada da mão que deslizava gentil sobre a pele macia, percebeu os mamilos ficando mais rijos e o relevo das aréolas róseas mais salientes, a cada nova carícia.

– Esta gostando?
– Muito. – 
disse ela, com a voz já embargada
– Tire a saia. 

A mulher girou a saia em torno da cintura, alinhando o fecho à anca direita. Abriu o botão da presilha, desceu o zíper, e após um leve empurrar, requebrou o corpo fazendo o tecido pesado escorregar por suas pernas, até cair aberto a seus pés, formando uma rosa negra sobre o chão branco de cerâmica.

– Como esta tua boceta? –  perguntou, enquanto apertava forte o pau por cima da calça

Ela olhou para baixo, enfiou o polegar entre a carne e a renda negra, descolou a calcinha do corpo e sorriu.

– Ah, se estivesse aqui, não precisaria fazer essa pergunta. – disse baixinho
– Porque?
– retrucou ele, entendo perfeitamente a provocação.
– Porque veria como estou por causa desta tua brincadeira. Minha calcinha esta toda melada e brilhosa.. toda melada e brilhosa..  tanto.
– repediu, num tom morno e baixinho, como que encantada com a sonoridade das próprias palavras
– Que delicia meu tesão. Agora faça o seguinte...


E ela acatou as novas instruções. Cada uma delas. Ergueu o joelho e a perna esquerda, e apoiou o pé sobre o vaso. Puxou a calcinha para o lado e moveu lentamente a mão, descendo os dedos pela pelagem dourada, até atingir o entalhe das carnes debruadas. Patinando na própria seiva, tocou pela primeira vez no grelo teso, e sentiu um arrepio correr, intenso como uma descarga elétrica, por sua coluna, arrepiando cada penugem de seu corpo.

Totalmente entregue ao jogo proposto pelo amante, enfiou dois dedos dentro da boceta, e olhando para o sexo, amou ver a forma como a carne dos lábios cedia à pressão dos invasores e recurvava-se sobre si mesma, como se também ela quisesse entrar.

Estava tão molhada, tão completamente melada, que sem dizer nada, ele, do outro lado da cidade, foi capaz de ouvir nitidamente o barulhinho dos dedos lambuzados, entrando e saindo de sua boceta.

Com a voz do amante a lhe inundar os pensamentos e completamente tomada pelo desejo, olhou para o espelho como quem olha por uma janela, e viu diante dela, uma outra mulher, mais livre, mais pura, mais fêmea do que ela. Acompanhava a forma como seus dedos desapareciam enérgicos, dentro na fenda rubra, e o modo como o polegar, traçava círculos concêntricos, cada vez menores, que pouco a pouco o deixavam mais perto do clitóris. Vendo-a se tocar com tanto gosto, teve inveja de si mesma, e sentiu um fogo ainda maior a lhe arder entre as pernas. Repetindo os movimentos da mulher que via no espelho, passou ela também a fazer exercer dedilhar a trêmula corda de seu grelo, em um movimento quase invisível. 

A cada novo som, a cada nova descrição dada pela mulher em voz rouca e embriagada, fazia a fome do homem,  já com o pau já para fora da calça, crescer em escala exponencial.

Em pouco tempo, o que começou como uma provocação e evoluiu para um jogo de estímulos, de pedidos e concessões, encontrou força suficiente para romper com os limites da realidade e se transformar em uma fantasia compartilhada, onde ambos estavam juntos, e onde podiam tocar e ser tocados um pelo outro. E foi assim, deste modo, que ela o sentiu invadir o banheiro onde estava, e cercá-la como um lobo selvagem. 

Como um macho alfa, forte, prepotente e agressivo ele avançou em direção em sua direção em passos sussurrados, mais e mais perto, até conseguir num bote certeiro, agarrá-la pelos punhos e empurrá-la contra a parede.

Com ela imóvel  ele olhou fundo dentro do cristalino celeste dos olhos da presa, e inflando as narinas, deliciou-se com os aromas fortes de mulher que emanavam do corpo sinuoso. Seu desejo era tanto, sua fome tamanha, que no mesmo instante sua boca encheu-se d'água.

Ela, perfeita antítese da caça, limitou-se a sorrir. Um sorriso largo, debochado e desafiador, que dizia de forma escancarada:  Você é meu!

Não se importou com isso. Muito pelo contrário. E usando o joelho, afastou sem muito esforço as coxas torneadas da mulher deixando-a ainda mais vulnerável à seus caprichos. Depois, levou uma das mãos ao delta aveludado da mulher e comprovou o quanto ela estava úmida. Foi a vez dele sorrir, enquanto derramava palavras sem qualquer traço de doçura, ao ouvido: “Sua boceta está babando de vontade de comer minha pica, minha puta safada.

A mulher cerrou os olhos, entreabriu os lábios vermelhos, ronronou e se molhou ainda mais.

Beijou-a intensamente e desse mesmo modo foi beijando seu pescoço, colo, ombros e seios, seguindo a trilha das sardas cor de mel, até o centro do corpo voluptuoso, que a cada nova carícia, serpenteava e ondulava como um mar agitado.

Demorou-se nos seios, enquanto ela, com cara de vagabunda, gemia de forma indecente, cada vez mais excitada. Passou cautelosamente a língua em torno das aréolas, mordiscando e sugando os mamilos, que pareciam dobrar de tamanho entre os dentes e lábios do homem.

Com as mãos livres, enfiadas entre os cabelos sedosos do amante, acompanhava com olhos lascivos, a forma como ele descendo por seu corpo, deixava pequenas marcas vermelhas nos pontos onde havia tocado, com beijos mordiscados, a carne branca e macia de seu ventre.

Quando a língua, áspera e duro, tocou seu sexo pela primeira, vez, ela derreteu. 

Chupo-a com gosto. Mordiscando a carne próxima das coxas e do púbis tenro, sugando-lhe o grelo, capturando os lábios dela entre os seus e puxando-os para fora, e penetrando-a com a língua. Fez isso inúmeras vezes, arrancando a cada movimento inusitado de sua boca e língua, novos gemidos, que por sua vez provocavam movimentos mais intensos e ousados. Lambuzou-lhe o rosto todo. Deixando os lábios do homem tão molhados e vermelhos como estavam todos os seus.

Agora chega... pelo amor de Deus... chega... vem...  me fode...  enfia essa pica em mim...  me fode agora! – disse imperativa

Ele se levantou e com o braço ergueu a perna direita da mulher, que o enlaçou à altura da cintura. Entrou com força, obrigando a mulher a abafar o grito.

Sentindo a ponta do scarpin, levemente enfiada na carne, e as unhas abrindo trilhas carmim entre os pelos escuros das costas, pensou orgulhoso:  “Não vai demorar muito.”

Repetindo, com ímpeto ainda maior, deslizou tão facilmente para dentro da boceta escorregadia que a permitiu sentir o saco batendo forte nela, bem pertinho da bunda. A gruta encharcada, produzia uma espuma densa que se escorria pela haste do pau e se acumulava na base, até descer pelo saco e pingar em direção ao piso.

– Rebola, minha puta, rebola.. – disse ele, ardendo
– Aí... como eu tô tesuda... Deus .. – respondeu, acelerando os movimentos

Quiseram gritar mas não podiam.. e assim, em silêncio e de olhos fechados,  gozaram juntos com a intensidade de um pequeno vulcão.

Sentindo os corações ainda correndo como puros-sangues enlouquecidos dentro do peito, se tocaram e acariciaram, e espalharam pela boca um do outro, o produto de toda aquela doce loucura. Depois, beijaram-se profundamente, intensamente, apaixonadamente e só quando o ritmo do sangue, acalmou, se permitiram abrir os olhos e ficar distantes novamente.

– Ai.. se você visse como me deixou! – disse ela olhando para o corpo, lambuzado e satisfeito
– Deve estar bem parecida comigo!
– Só você para me levar a fazer coisas assim... você me deixa com uma febre louca!
– Te adoro, minha vadia deliciosa!
– Ai que loucura, tenho que me comportar agora!
– Eu também. Mas em casa, te devoro novamente. E desta vez não vamos acabar assim, tão cedo!
– Não mesmo! Agora eu me vou. Pense em mim, que eu estarei pensando em você minha tentação.
– Sempre.



Desligaram, se recompuseram, e voltaram a seus afazeres.


8 comentários:

Anônimo disse...

Vim conhecer e adorei....
Num friozinho destes,deu até calor...
Beijao
{Nega}_(V)

Loboguará disse...

Que bom menina.. Espero te ver mais por aqui. Lambidas do Lobo

SenhoraLúcifer disse...

Delicioso!
Cada detalhe nos leva para dentro da história que começa como não quer nada, aumentando o tesão que por um momento parecia real e não sexo verbal que por sinal adoro.
Excitante jogo de desejo e prazer em rapidinhas no meio do expediente.
Adorei Lobo Delícia e se vou procurar a minha agenda agora mesmo para brincar com alguém...rsrsrs

Beijos gulosos em você.

Loboguará disse...

Adorei o comentário...Só você mesmo capetinha... kkkkkkkkkkkk
Lambidas do Lobo

LadySiri disse...

Safadoooooooooooooo!!! Rssss...Amei! Inflamei, me deixou em febre, rss...Você é mesmo a "fera das letras sedutoras!" Ô coisa de louco você e essa Dra heim! Rssss...meu coração está a galopes dentro do peito. Que maravilha te ter de volta menino!! Vc é demais. Ammei, amei, amei!
Beijo gostoso.

Loboguará disse...

Safado eu?! Imagina.. sou um lobinho mais que inocente. kkkk
Mas então, estava eu na net um dia desses e vi uma foto a história me surgiu inteira na cabeça. Ficou muito feliz que o texto tenha te tocado assim menina. E mais uma vez obrigado pelo carinho que deposita em cada comentário. Lambidas do Lobo

Mah disse...

NOSSA LOBINHO QUE TESÃO!!!
VIAJEI NESSE CONTO,PARECIA QUE ERA EU A VIVER TUDO O QUE TU RELATOU....
ADORANDO TE LER LOBINHO....
BEIJINHOS DA MAH!!!!

Loboguará disse...

Oi Marília.. elogio maior não há. Que bom que ao ler, roubou a história pra você e vivenciou a fantasia. Sem essa doação generosa de quem lê, um texto não passa de um amontoado de palavras no papel, ou nesse caso, na tela. Fique a vontade para explorar os meus bosques, sempre que sentir vontade.. e muito bom ter você por aqui. Lambidas do Lobo