segunda-feira, 25 de junho de 2012

ESTRELAS

Desde criança, Cristina era apaixonada por animais, e por gatos em particular. Com o passar dos anos, essa paixão tornou-se profissão, e Cristina virou Doutora Cristina, veterinária.

Ao contrário da maioria das pessoas, para ela a casa era uma extensão de seu trabalho. E embora isso lhe desse enorme prazer, e sua mãe, irmã e sobrinhas, nunca terem manifestado qualquer descontentamento com isso, Cristina sentia o desejo de morar só. Ou pelo menos até onde se pode considerar morar só, quando se tem a companhia de seis gatas e dois cães.

Decisão tomada, comprou o terreno que havia em frente a casa da mãe, contratou uma empreiteira e começou a construção.

Cristina costumava conversar quase todos os dias com Roberto, o responsável pela obra. Apesar de competente, Beto, como era conhecido, era um homem rude e não fazia a menor questão de ocultar seu desejo por ela.

Cristina não podia deixar de notar aquele homem. O tom firme, quase arrogante, o olhar direto e faminto, tudo isso mexia com ela. Gostava de sentir-se dominada, mas não queria se envolver agora. Principalmente com alguém que trabalhava para ela, e assim mantinha-se distante apesar da insistência do homem.

Meses depois, durante uma madrugada de calor completamente atípico àquela época do ano, Cristina acordou. Vendo na mesinha a seu lado, o relógio indicar que ainda tinha três horas inteiras para descansar, fechou os olhos e forçou-se a dormir novamente. Virou para um lado, depois para o outro e tentou puxar o sono de todos os modos que sabia, até finalmente admitir para si mesma que não iria conseguir. Levantou-se, tomando cuidado para não acordar a irmã que dormia na cama ao lado, jogou um roupão sobre a camiseta e calcinha que usava e deixou o quarto. A gata negra que dormia à seus pés, e que tinha acordado também, seguiu-a no silêncio típico dos felinos.

Desceram o corredor, passando pelo quarto da mãe e pelo das gêmeas, e foram à cozinha, onde Cristina abriu a geladeira e pegando uma garrafa de leite, serviu um pouco para a gata e um pouco para ela própria.

Durante algum tempo apenas ficou assim; em pé, recostada na bancada metálica com a perna direita dobrada e o pé apoiado sobre a porta de madeira envernizada do armário de panelas, bebendo do copo que segurava com as duas mãos. Depois, sem entender bem o porque e como se fosse isso a coisa mais natural do mundo, colocou o copo sujo de leite sobre o inox da pia, abriu a porta dos fundos da cozinha e saiu.

A gata negra, lambeu o leite dos bigodes e seguiu a mulher novamente.

Deram a volta na casa, e atravessando juntas a rua, seguiram em direção a nova moradia em construção.

Entraram na obra e ziguezagueando por tijolos e sacos de cimento, subiram ao segundo piso. Ali, sobre a laje do futuro quarto ainda sem teto, Cristina sentou e olhou para as estrelas, encantada com a idéia de que teria finalmente um espaço só seu.

Foi o chiado de alerta da gata, que a puxou de volta a realidade.

– Beto! Você me assustou...
– Não foi a intenção. - disse o homem vindo em sua direção
– Que está fazendo aqui? - disse ela
– Checando algumas coisas, nada demais. Mas e você? Que está fazendo?! Não sabe que é perigoso uma moça sair sozinha, assim tão tarde?
– Mas não estou sozinha. – disse apontando para a gata negra a seu lado.
– Humm, sei! E você que essa amostra grátis é capaz de impedir alguma coisa - disse com desdém.
– Ah não fala assim, a minha ga..

Ela parou quando o homem a segurou com força pelo braço e disse:

– Não deveria sair assim. – e a beijou.

De olhos abertos, ela tentou em vão impedir aquela língua atrevida.

– Você ficou louco, me larga.. senão eu .. – disse a mulher, sem conseguir esconder sua excitação.
– Você o que? Grita.. grita.. vai, pode gritar... - Desafiou com os olhos de um castanho profundo, fixos nos dela
– Eu grito.. grito sim.. eu ... – seguiu dizendo em tom cada vez mais baixo.
– Quieta! Já esperei demais por isso. – disse ele, empurrando-a contra a parede.

Deixando-a completamente nua em meio as paredes descarnadas, pegou alguns pedaços de corda espalhados pelo chão e imobilizou a mulher, que assim com pernas e braços estirados, ganhou a forma de estrela e ficou totalmente indefesa e exposta à seus desejos.

Com a gata negra como testemunha, Cristina sentiu-se amolecer. Apesar de assustada, a idéia do por vir, despertou-lhe um tesão incontrolável.

Roberto começou a passar as mãos por seu corpo como se ela fosse um objeto. Passou as mãos por sua bunda, apertando e arreganhando sua carne. E Cristina sentindo-se perder no toque bruto daqueles dedos calejados, gemeu e tentou se debater.

Ele limitou-se a sorrir e puxando a ponta das cordas, ergueu-a ainda mais. Depois, fechando as mãos poderosas sobre os seios delicados, apertou-os com força e começou a mordiscar-lhe os mamilos.

Sem interromper as carícias desceu pelo corpo da mulher em direção a entrada da boceta para conferir se estava lubrificada. A ponta dos dedos abriram-lhe as metades, e o mel brotou tão farto de dentro dela que gotejou e produziu uma pequena lagoa no concreto logo abaixo.

Cristina sentia suas pernas tremerem. Queria desesperadamente fugir.. não isso era mentira... não fugiria nem mesmo se pudesse... queria ser penetrada.. queria urgentemente ser penetrada.

Olhou para baixo, viu o volume que pulsava entre as pernas de Roberto, e sentiu a boca ficar tão molhada, quanto sua boceta.

– Esta gostando? – perguntou ele
– Sim...
– Mas é uma puta mesmo...
– Sou.. sou .. sou tua puta.. eu quero tanto..
– E o que você quer? Diz ...
– Você... – implorou a mulher
– Assim... é assim que uma puta pede?
– Na.. não - respondeu ardendo
– Então peça.. mas peça direito
– Me come ... me fode vai... come tua puta..
– Melhor.. bem melhor...

Roberto tirou a roupa devagar, deixando-a lamber-lhe com os olhos. Quando por fim a calça desceu, o pau saltou duro, vermelho e inchado na direção da mulher. Então, lentamente, aproximou-se de Cristina e apontou o cabeça na entrada da fenda pulsante.

– É isso que quer?
– É... é isso.. vai porra.. enfia! Enfia essa pica em mim... enfia! – bradou a mulher.

Roberto entrou de uma só vez e ela gritou, sentindo-se rasgar.

Cristina simplesmente enlouqueceu com aquele membro que lhe penetrava a carne. O prazer que ardia dentro dela, vinha em ondas escorrendo pelas pernas como uma torrente de lava incandescente, enquanto cada terminação nervosa de seu corpo era açoitada por descargas elétricas crescentes, que lhe arrepiavam os pelos e lhe turvavam a mente.

A cada invasão, Cristina gemia. E a cada gemido, Roberto metia com mais e mais força, enquanto lhe batia na bunda, que apertava as carnes macias com mãos de tenaz, e a chamava de puta e cadela.

Não demorou muito para, aos berros e sentindo-se consumir, Cristina anunciar que gozava.

No mesmo instante, Roberto tirou o pênis de dentro da boceta da mulher e explodiu, cobrindo-lhe a barriga com fartos jatos de porra quente.

Com o coração ainda cavalgando forte dentro do peito, Cristina olhou para o céu repleto de estrelas, para seu ventre coberto de gozo, e sorriu. Sorriu como a muito tempo não sorria.

Roberto aproximou-se e começou a desamarrá-la, primeiro as pernas, depois os braços. Jogou-lhe as poucas roupas que usava quando chegou e com ela ainda nua a suja, beijou-a na boca. Um beijo ardente e lascivo.

– Agora vai pra casa. A partir de hoje você é minha puta, entendeu?
– Sim... entendi...

O sol já nascia quando Cristina voltou para casa.

Entrou no quarto com cuidado, tirou o roupão, e deitou-se assim com estava, com a calcinha e a camiseta manchadas e impregnadas pelo cheiro dele. A gata negra aninhou-se aos pés da cama e Cristina sem a menor culpa, ou arrependimento, fechou os olhos e sonhou com o momento em que estaria com Roberto mais uma vez.

10 comentários:

Dorei disse...

Muito bom, Lobo, quase perfeito, mas para mim que sou romântica ficou faltando isto, romantismo, por outro lado foi intenso e envolvente. Gostei muito!

Beijos!

Loboguará disse...

Oi Dorei.. que bom ter você por aqui.

É sim, nesse não teve romance.. mas não foi planejado não, as personagens resolveram assumir o volante e levar o texto, e como esses dois não estavam muito a fim de conversa já viu né. rs...

Nos próximos acho que o romance volta a cena com mais força.

Lambidas do Lobo.

Lou Albergaria disse...

achei perfeito! Há momentos na vida em que romance deve ficar pra depois...


intenso seu texto como sempre! Parabéns! senti cada palavra...

Beijos, Lobo!

Loboguará disse...

Oi minha poeta... que bom te sentir por aqui novamente... Pois é.. para esses dois foi puro instinto e desejo... Obrigado pelo carinho que tem por mim e por meus textos... Lambidas do Lobo

Mah disse...

QUERIDO LOBINHO!!!
CONCORDO COM A LOU ALBERGARIA....PERFEITO,INTENSO,DELIRANTE, EXTREMAMENTE EXCITANTE!!!
VIVI CADA PALAVRA!!!
BJOSSSS
MAH

Loboguará disse...

Oi Mah, que bom que você gostou menina...é sempre uma delicia sentir você aqui. Obrigado pelo teu carinho. Lambidas do Lobo

LadySiri disse...

Lobo Lobo...vc está ficando melhor a cada dia que passa, rss...Beijo mordido e lambido nesse focinho lindo!

SenhoraLúcifer disse...

Lobo eu não te falei hoje e estou falando agora que te adoro!

Eu adorei e assim como a Dorei também acho o BDSM mesmo que leve é romantizado, mas se é para falar de sexo com fetiche está delicioso, intenso, envolvente e delicioso.

Adorei! No meu caso eu invertia as posições....rsrrsrs

Beijos gulosos em você minha gotinha chocolate.

Loboguará disse...

Oi minha doce Lady... dizer o que além de eu te adoro minha linda... Lambidas do Lobo

Loboguará disse...

Capetinha.. é muito engraçado a gente conhecer alguém há tão pouco tempo e já ter uma amizade assim tão gostosa... mas no seu caso é assim mesmo... goste de você de monte... ah e eu não tenho a menor dúvida de que se fosse você o Beto ia ficar amarradinho levando boas lambadas...rs Lambidas do Lobo